Desigualdade social no Brasil: um abismo que persiste

Tuca Vieira Legenda da foto,Casas de Paraisópolis e prédio de luxo no Morumbi: separados por um muro, com estatísticas bem diferentes

Dados revelam que os 10% mais ricos concentram mais de 60% da renda nacional, enquanto milhões vivem abaixo da linha da pobreza

A desigualdade social no Brasil continua a ser um dos maiores desafios do país, mesmo diante de avanços pontuais nas últimas décadas. De acordo com o mais recente relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 10% mais ricos da população concentram 60% da renda total, enquanto os 40% mais pobres dividem apenas 10% dos recursos. Essa disparidade coloca o Brasil entre os países mais desiguais do mundo.

Um dos fatores que contribuem para esse cenário é a falta de acesso a serviços básicos, como saúde, educação e saneamento, especialmente nas periferias e zonas rurais. Enquanto nas áreas urbanas mais ricas a expectativa de vida ultrapassa os 75 anos, em regiões carentes esse número cai para menos de 65 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Especialistas apontam que políticas públicas focadas em redistribuição de renda e investimento em infraestrutura social são essenciais para reduzir essa lacuna. “A desigualdade não é apenas um problema econômico, mas também um obstáculo ao desenvolvimento do país como um todo”, afirma Maria Fernanda, economista e pesquisadora em políticas sociais.

A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais o cenário, com o aumento do desemprego e a queda na renda das famílias mais vulneráveis. Programas como o auxílio emergencial tiveram impacto positivo, mas foram insuficientes para reverter a tendência de longo prazo.

Enquanto isso, iniciativas locais tentam amenizar o problema. Em comunidades carentes, projetos comunitários de geração de renda e educação têm ganhado destaque, mostrando que a mudança pode começar de baixo para cima.

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