O Centro-Oeste em Ascensão

 Como o Agronegócio e a Infraestrutura Impulsionam o Crescimento Econômico da Região

Em 2025, o Centro-Oeste brasileiro emerge como um destaque econômico nacional, enquanto o país enfrenta uma desaceleração do PIB, projetado para crescer cerca de 1,9%. A região, conhecida como o coração do agronegócio brasileiro, está prevista para expandir seu PIB em 2,8%, impulsionada por uma safra agrícola histórica e pela consolidação de sua infraestrutura.

O agronegócio é o principal motor desse crescimento. A safra de grãos 2024/2025 deve alcançar mais de 322 milhões de toneladas, com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul liderando o crescimento regional. A soja e o milho são os principais produtos, beneficiados por condições climáticas favoráveis e investimentos em tecnologia. Além disso, a pecuária bovina mantém um crescimento estável, enquanto a produção de carne, biodiesel e celulose também ganha força, diversificando a matriz econômica.

  • : Após uma queda de 6,1% no PIB agropecuário em 2024, o setor deve crescer 6% em 2025, impulsionando o PIB regional para uma alta de 2,8%.

  • : Em 2024, o potencial de consumo da região atingiu R$ 660 bilhões, representando 9% do total naciona.

  • : O volume financeiro do segmento “private” alcançou R$ 78,8 bilhões em 2024, com crescimento anual médio de 20,9% nos últimos três anos1.

O sucesso do agronegócio se estende a outros setores, como serviços e comércio. A modernização de rodovias e ferrovias reduz custos logísticos e conecta a região aos portos do Arco Norte, fortalecendo as exportações. Cidades como Goiânia se consolidam como polos imobiliários, enquanto a região registra um crescimento populacional acima da média nacional1.

Apesar do crescimento, a região enfrenta desafios socioeconômicos e ambientais. Problemas de saneamento básico e desigualdade persistem em cidades como Cuiabá e Campo Grande. O desmatamento no Cerrado é uma preocupação ambiental significativa, que pode impactar a imagem do agronegócio brasileiro no exterior1.

O Centro-Oeste tem potencial para se manter como um dos motores da economia brasileira, com crescimento projetado de 2,8% ao ano entre 2026 e 20341. Investimentos em sustentabilidade podem mitigar críticas ambientais e abrir novos mercados. A realização da COP 30 em Belém, em 2025, colocará o Brasil sob os holofotes globais, exigindo equilíbrio entre produção e preservação.

 

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