Por Kleber Karpov
Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu oficialmente o Distrito Federal, nesta terça-feira (02/Set), como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação, que abrange um rebanho de mais de 82 mil cabeças de gado foi entregue durante a 33ª Expoabra, no Parque de Exposições da Granja do Torto. O título representa um avanço significativo para a segurança sanitária e o comércio internacional de produtos de origem animal da capital.
O status foi alcançado por meio de um esforço conjunto entre a Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), a Câmara Legislativa do DF (CLDF) e a Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF), que implementaram rigorosas medidas de biosseguridade e fiscalização.
Marco histórico
A vice-governadora Celina Leão comemorou o feito, classificando-o como um momento decisivo para o setor produtivo local. “Ter o Distrito Federal reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação é um marco histórico. Isso fortalece a segurança sanitária do nosso rebanho e abre oportunidades para exportação de produtos de origem animal, garantindo mais renda e mobilidade comercial para nossos produtores”, afirmou.
O presidente da Fape-DF, Fernando Cezar Ribeiro, também ressaltou que o reconhecimento é um prêmio pelo trabalho dos produtores rurais. “A questão da febre aftosa sem vacinação é uma premiação para todo o trabalho que os produtores rurais vêm fazendo no campo. Esse reconhecimento reforça a segurança sanitária do nosso rebanho e gera novas oportunidades de comércio, mostrando que o setor pecuário do Distrito Federal está em sintonia com padrões nacionais e internacionais”, pontuou.
Novos mercados
Com a certificação, o DF fortalece sua posição como fornecedor confiável de alimentos e amplia as oportunidades de exportação para mercados mais exigentes, que não compram produtos de animais vacinados.
O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, detalhou o impacto comercial da medida. “O reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal mostra a pujança do setor pecuário do Distrito Federal. Nosso rebanho de animais de casco fendido — bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos – passa a ter oportunidade de ser exportado para qualquer país do mundo […]. É mais mobilidade comercial, segurança e renda para o produtor”, comemorou.
Cartas de crédito
Durante a cerimônia, produtores locais também receberam cartas de crédito do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), órgão vinculado a GDF, de modo a apoiar a agricultura local. Dois agricultores foram contemplados com FDR destinados ao cultivo de mirtilo, fruta em expansão no DF. Recursos também aplicados na implantação de lavouras, sistemas de irrigação, estruturas de apoio e telados.
Com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), o cultivo de mirtilo gera boas expectativas aos produtores rurais que têm investido na produção da fruta. Essa por sua vez com ótima adaptação ao clima do Cerrado. “Esse avanço também mostra o quanto o governo tem trabalhado para impulsionar a produção. Essa é uma cultura em expansão que agrega muito valor à nossa economia rural”, acrescenta Rafael Bueno.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/ Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

