A investigação já aponta desdobramentos que podem atingir políticos influentes em Brasília
As fraudes, desvendadas no âmbito da Operação Overclean, envolvem contratos firmados principalmente com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), da Bahia, que concentraram R$ 825 milhões dos desvios apenas em 2024. A investigação já aponta desdobramentos que podem atingir políticos influentes em Brasília.
O mecanismo operado pela quadrilha era dividido em três núcleos especializados. O grupo principal, liderado por Alex Rezende Parente, coordenava as fraudes e orquestrava os pagamentos ilícitos.
Veja como funcionava a fraude:
Segundo as investigações, Alex Parente tinha o apoio de seu irmão Fábio Rezende Parente, executor financeiro que realizava transferências por meio de empresas fantasmas.
José Marcos de Moura, também conhecido como Rei do Lixo (foto em destaque), articulava politicamente para expandir a rede de influência e contratos, enquanto Lucas Maciel Lobão Vieira gerenciava obras e contratos, principalmente no Dnocs, através da empresa Allpha Pavimentações.
Propina
Os investigados operavam de maneira meticulosa para cooptar servidores públicos. O aliciamento ocorria por meio de promessas de benefícios financeiros e favores políticos.