Grupo criminoso utilizava perfis falsos para atrair vítimas, roubar e extorquir, mantendo-as em cativeiro para saques prolongados.
Uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta terça-feira (17), batizada de “Operação Cilada”, desarticulou uma associação criminosa especializada em atrair, roubar e extorquir membros da comunidade LGBTQIAPN+ por meio de aplicativos de relacionamento. Até o momento, oito suspeitos foram presos.
Em nota oficial, a PCDF detalhou a modus operandi do grupo. Os criminosos criavam perfis falsos em plataformas de relacionamento para atrair vítimas de diversas regiões do Distrito Federal. Após o contato inicial, encontros eram marcados em locais isolados e com pouca iluminação, principalmente nas quadras 423 e 425 de Samambaia, onde as abordagens eram realizadas.
No momento do encontro, as vítimas eram surpreendidas por dois ou três indivíduos armados, que as conduziam para áreas mais afastadas. Sob forte ameaça, violência física – incluindo socos e coronhadas – e intimidação psicológica, as vítimas eram forçadas a entregar seus pertences e realizar transferências bancárias.
A polícia revelou ainda que, em casos onde as vítimas possuíam saldos bancários significativos, elas eram mantidas em cativeiro durante toda a madrugada, até o amanhecer. Essa tática visava contornar os limites noturnos de transferência e garantir a retirada integral do dinheiro disponível nas contas.
Entre novembro de 2024 e junho de 2025, pelo menos 36 vítimas registraram ocorrências contra o grupo, conhecido como ‘Bonde dos Galãs’.