Ibaneis Rocha anuncia aquisição do Banco Master para expandir BRB: “Estou comprando, não vendendo”

Governador do DF, Ibaneis Rocha — Foto: TV Globo/Reprodução

Governador do DF reforça estratégia de fortalecimento do banco público, com foco em crédito, inovação e presença nacional

 

O governador Ibaneis Rocha (MDB) reafirmou publicamente seu compromisso com a expansão do Banco de Brasília (BRB) através da aquisição do Banco Master, destacando que a operação representa um movimento estratégico de fortalecimento institucional, não de desestatização. A declaração “Achavam que estava vendendo, mas estou comprando” sintetiza sua visão de ampliação da atuação do BRB em escala nacional, aproveitando a expertise do Master em segmentos como cartão de crédito consignado e mercado de capitais.

A transação, anunciada em 28 de março de 2025, envolve a compra de 58% do capital total do Banco Master pelo BRB, incluindo 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais. O valor da aquisição corresponde a 75% do patrimônio líquido do Master (R$ 4,2 bilhões em junho de 2024), com 50% pago à vista após aprovação regulatória.

A integração visa sinergias operacionais, mantendo as estruturas separadas das instituições enquanto compartilham governança e expertise. O BRB busca complementar sua atuação tradicional em crédito imobiliário e setor público com os negócios do Master, como câmbio e atacado. Especialistas destacam que a operação pode reduzir riscos para investidores do Master, devido à solidez do BRB.

Ibaneis Rocha vincula a expansão do BRB a uma política de desenvolvimento regional, priorizando instituições públicas como motores de crescimento. O banco tem investido em digitalização, programas de relacionamento (como o Clube BRB) e patrocínios culturais, como o Troféu CBA. A gestão de Paulo Henrique Costa é elogiada pelo governador, que menciona a transformação do BRB em “marca internacional”.

A transação ainda depende de aprovação do Banco Central e do CADE. Analistas observam que o Master enfrentava questionamentos sobre sua carteira de crédito concentrada em precatórios e emissão agressiva de CDBs com taxas elevadas (até 140% do CDI), fatores que podem exigir ajustes pós-integração.

 

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