Overclean: o mecanismo criado por quadrilha para desviar R$ 1,4 bilhão

jan 13, 2025
Google News - Metrópoles

A investigação já aponta desdobramentos que podem atingir políticos influentes em Brasília

A coluna teve acesso a detalhes da complexa investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) que revelou esquema bilionário de corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Sob investigação desde 2023, no âmbito da Operação Overclean, a organização criminosa operava com precisão cirúrgica, utilizando emendas parlamentares e convênios para canalizar verbas públicas em benefício próprio.

As fraudes, desvendadas no âmbito da Operação Overclean, envolvem contratos firmados principalmente com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), da Bahia, que concentraram R$ 825 milhões dos desvios apenas em 2024. A investigação já aponta desdobramentos que podem atingir políticos influentes em Brasília.

O mecanismo operado pela quadrilha era dividido em três núcleos especializados. O grupo principal, liderado por Alex Rezende Parente, coordenava as fraudes e orquestrava os pagamentos ilícitos.

Veja como funcionava a fraude:

Segundo as investigações, Alex Parente tinha o apoio de seu irmão Fábio Rezende Parente, executor financeiro que realizava transferências por meio de empresas fantasmas.

José Marcos de Moura, também conhecido como Rei do Lixo (foto em destaque), articulava politicamente para expandir a rede de influência e contratos, enquanto Lucas Maciel Lobão Vieira gerenciava obras e contratos, principalmente no Dnocs, através da empresa Allpha Pavimentações.

Propina

Os investigados operavam de maneira meticulosa para cooptar servidores públicos. O aliciamento ocorria por meio de promessas de benefícios financeiros e favores políticos.

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