Advogados preveem condenações severas para Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, com base em precedentes do STF e na gravidade das acusações.
Os advogados dos indiciados na investigação da tentativa de golpe de Estado, incluindo figuras proeminentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, estão aguardando a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve ser apresentada em fevereiro. As expectativas são de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), imponha penas médias de **20 anos** de prisão aos principais envolvidos. Essa previsão é sustentada por um advogado que citou a condenação recente de Aécio Lúcio Costa Pereira, que recebeu **17 anos** por crimes relacionados à abolição do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.
Os defensores argumentam que se os indiciados tiveram um papel mais ativo na trama do que os manifestantes, as penas devem ser ainda mais severas. Bolsonaro enfrenta acusações graves, incluindo tentativa de golpe e organização criminosa, com uma pena total que pode chegar a **28 anos**. Já Braga Netto é acusado de liderar uma organização com o objetivo de manter Bolsonaro no poder, utilizando ataques virtuais contra opositores.
A Primeira Turma do STF, composta por Moraes e outros ministros, tem apoiado unanimemente suas decisões em casos relacionados a atos golpistas ao longo de 2024. Uma preocupação significativa para as defesas é que os julgamentos ocorrerão diretamente no STF, sem possibilidade de apelação em segunda instância, o que aumenta a expectativa de penas elevadas para os principais indiciados.
Além disso, a defesa de Bolsonaro tem tentado afastar Moraes do caso, alegando que ele não pode ser juiz e vítima ao mesmo tempo. No entanto, essa estratégia tem sido amplamente criticada e considerada improvável de sucesso pelos próprios advogados dos indiciados.